
As ações de mineração de Bitcoin estão a registar fortes ganhos nas negociações de pré-mercado, com a avaliação coletiva do setor a aproximar-se da marca dos 90 mil milhões de dólares. Empresas como IREN e TerraWulf lideram o avanço – a IREN subiu ~4%, a TerraWulf ~5% – enquanto a Cipher Mining, CleanSpark e Bitfarms também estão a subir 2–4%. A subida é impulsionada pelo boom mais amplo da IA e da computação de alto desempenho, que está a levar os investidores a reavaliar as empresas de mineração não apenas pela sua exposição ao Bitcoin, mas também pelo seu potencial em infraestrutura de computação.
Grande parte do otimismo assenta na ideia de que as empresas de mineração podem capturar uma fatia maior do mercado de IA e computação de alto desempenho (HPC). A Microsoft sinalizou a persistência da escassez de centros de dados até 2026, sublinhando a procura de capacidade de computação escalável. Este cenário dá aos mineradores a oportunidade de reutilizar ou aumentar os seus investimentos em energia e infraestrutura – transformando o que era puramente infraestrutura Bitcoin em imobiliário de computação de dupla utilização.
Ainda assim, a jornada é volátil. A avaliação do setor é altamente sensível às oscilações de preço do Bitcoin, às mudanças regulatórias, aos custos de energia e ao ritmo de implantação. Ultrapassar os US$ 90 bilhões – e possivelmente caminhar para os US$ 100 bilhões – exigirá que os mineradores entreguem execução, não apenas sentimento. Os investidores estarão observando de perto as métricas de produção, a força do balanço e quão bem essas empresas gerenciam a diversificação em cargas de trabalho de IA sem minar seus negócios principais de Bitcoin.